Mais de 700 pessoas conferiram o trabalho de ILPF realizado na Fazenda Campina, de Carlos Viacava



Mais de 700 pessoas estiveram na Fazenda Campina, em Caiuá (SP), para o Dia de Campo sobre Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF), realizado no dia 23 de fevereiro.

Muitas histórias se cruzaram entre as quatro estações (Manejo fitotécnico e cultivares de soja para o oeste paulista; Opções de sistemas de ILPL; Importância das gramíneas forrageiras para produção de grãos e desempenho animal a pasto em sistema de ILP na fazenda Campina e, Importância da silagem como planejamento forrageiro na ILP), apresentadas no evento promovido pela marca CV, Unoeste, Embrapa, Cooperativa Agroindustrial (Cocamar) e Associação Rede ILPF.



Chefe de transferência de tecnologia da Embrapa Cerrados, Sebastião Pedro da Silva Neto, avalia que essa união de forças é essencial. “Esse trabalho coletivo é uma corrente muito forte, onde cada um desses parceiros contribui para que os sistemas integrados, desenvolvidos pelos centros de pesquisa e universidades, cheguem ao produtor rural. A Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF), pode aumentar a produção agrícola e pecuária, gerar mais empregos e valores. Nesse sentido, o oeste paulista possui um potencial grande, uma logística muito boa e uma terra fértil para que todas as nossas tecnologias se proliferem”, diz.

“Destacamos os princípios dos consórcios entre culturas anuais e forrageiras, bem como as razões de sua importância para a adoção de sistemas de ILP na região tropical. Além disso, explanamos sobre os diferentes sistemas de ILP baseados em consórcios e que foram desenvolvidos pela Embrapa ao longo das últimas décadas. Muitos benefícios destes sistemas foram elencados, como pastagem pós-colheita maior quantidade e melhor qualidade, amortização de custos recuperação de pastagens degradadas, pastagens produtivas no inverno/época seca e maior persistência, pastagens com fase vegetativa longa, redução uso suplementação seca e silagem, maior produção de carne ou leite e mais liquidez e rentabilidade da pecuária”, explica Luiz Adriano Cordeiro, pesquisador da Embrapa Cerrados.



“Abrimos mais uma vez as porteiras da Fazenda Campina em nosso dia de campo para apresentação do nosso trabalho com a ILPF. Estamos no quinto ano desse projeto, que, aos poucos, vai se ajustando para se adequar às condições de nossa fazenda. Projetados pelo pesquisador João Kluthcouski, nossos visitantes puderam conhecer oito sistemas com diferentes tipos de consorciamento de lavouras e diversos tipos de pastagens”, explica o anfitrião Carlos Viacava.

“Pelo terceiro ano continuamos com o trabalho de seleção para precocidade, trabalhando com a inseminação de bezerras de 10 a 14 meses. Neste último ano estabilizamos o rebanho, mas ele ainda poderá aumentar no futuro, conforme planejamento delineado. Com a esperança de clima favorável nesta temporada, contamos em colher ótimos resultados no corrente ano safra”, completa o pecuarista.

Reunião Técnica

Na noite de 22 de fevereiro, no campus II da Unoeste, em Presidente Prudente (SP), foi realizada a Reunião Técnica que antecedeu o dia de campo e apresentou três palestras: João Kluthcouski explanou sobre os pré-requisitos para o início dos sistemas de integração; Emerson Fey, da Unioeste, falou sobre a qualidade da semeadura de grãos em área de pastagem no Sistema de Plantio Direto (SPD) e, por fim, Carlos Viacava abordou os cincos anos de ILPF na Fazenda Campina.



A composição da mesa principal contou com a presença de José Eduardo Creste (pró-reitor Acadêmico), Carlos Sérgio Tiritan (coordenador de Agronomia), Sebastião Pedro da Silva Neto (Embrapa Cerrados), Luiz Lourenço (Cocamar), William Marchió (Associação Rede ILPF), Carlos Viacava (Grupo CV) e Raysildo Barbosa Lobo (Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores).