CV na mídia: Carlos Viacava concede entrevista para a revista DBO


O pecuarista Carlos Viacava, titular da seleção CV, concedeu recentemente uma entrevista para a revista DBO.



Confira abaixo:





Em 2014 o Jornal de Leilões publicou os resultados de 1.699 leilões de raças de corte, leite, mais ovinos, caprinos e equinos. Pelo terceiro ano consecutivo a renda ultrapassou R$ 1,1 bilhão para 143.856 lotes, entre machos, fêmeas, prenhezes, aspirações de folículos e coberturas com garantia de nascimentos. Todos os resultados podem ser conferidos neste site e as análises de fechamento estão em 26 páginas do Anuário DBO 2015.



Além delas, DBO propôs que 18 personalidades respondessem algumas perguntas a respeito do mercado. Todas as entrevistas podem ser conferidas na íntegra, neste site. A seguir, estão as opiniões de Carlos Viacava, da CV Nelore Mocho, maior fornecedora de touros Nelore sem chifres por dois anos consecutivos. De acordo com Banco de Dados da DBO, no ano passado, Viacava negociou 519 reprodutores em leilões de promoções próprias, sem contar a participação em remates como convidados.



Jornal de Leilões - Como avalia o ano de 2014 para o pecuarista?



Foi um ano de recuperação do preço da arroba de boi gordo em relação aos patamares de 4,5 anos atrás. Vale ressaltar que ainda estamos longe dos preços de U$80,00/U$85,00 vigentes nos Estados Unidos, que continua como maior produtor de carne do mundo e grande exportador. Como essa recuperação ocorreu num período relativamente curto, de 10 a 12 meses, pode dar a impressão de ter sido uma alta expressiva de preços, quando, na verdade, não passou de um retorno a um passado de médio prazo.



JL- Quais foram os percalços do ano?



Do ponto de vista da produção foi um ano difícil. Agravado pela seca sem precedentes que assolou grande parte País e que provocou perdas da reprodução do rebanho e também perdas na produção de milhões de quilos de carne.



JL – A seca trouxe impactos para a venda de animais em leilões?



O custo de alimentação dos animais aumentou bastante porque tivemos que suprir a deficiência de pastagem com o fornecimento de silagem, que só foi possível porque iniciamos o processo de Integração Lavoura Pecuária (ILP) da Embrapa, que possibilitou uma boa produção de milho nas áreas usadas para a soja. Em 2014, a CV realizou apenas três leilões, um a menos que no ano anterior, aumentamos a venda diretas na fazenda e reduzimos o número de animais nos leilões, passando de 610 lotes para 550. Em compensação, o preço médio sofreu uma oscilação de aproximadamente 30%, saltando de R$ 6.000 para R$ 8.000. Há uma certa defasagem na cadeia produtiva do boi gordo onde, o último a reagir ao ciclo de alta é o touro. O aumento do preço do bezerro provoca a retenção de fêmeas que por sua vez aumenta a demanda por reprodutores.



JL – Quais praças tiveram maior demanda?



De forma geral as vendas foram bem diversificadas. Em três leilões atendemos mais de 120 diferentes criadores de 10 diferentes estados: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio Grande do Norte, Rondônia, São Paulo e Tocantins.



JL – Quais as expectativas para 2015, os preços se manterão em alta?



O mundo atravessa um período de menor oferta de carne e aumento de demanda. Hoje o mercado externo tem muita expressão em nossa produção de carne e vai ajudar na firmeza do mercado. Internamente não espero pressão de demanda já que nossa economia em recessão não produzirá aumento de consumo. Aliando as expectativas para os mercados externo e interno, vejo 2015 como um ano de preços firmes porém relativamente estabilizados nos patamares atuais.



Link original: http://www.portaldbo.com.br/Portal/JornalDeLeiloes/COLUNA+JL/11542,,Efeito+domino.aspx